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CONVERSA SOBRE INTRODUÇÃO ALIMENTAR NA REUNIÃO COM AS FAMÍLIAS DO BERÇÁRIO 1

 No dia 09 de setembro tivemos uma ótima reunião com as famílias dos bebês do berçário. Grande parte das famílias estavam presentes. Relembramos os combinados gerais da escola e as professoras entregaram os relatórios de aprendizagem do primeiro semestre. Depois falamos sobre a importância de colocarmos os bebês para brincarem no chão, sempre em posições que eles possam ficar sozinhos, sem a ajuda de almofadas, trazendo segurança para a livre movimentação e exploração dos bebês. Lembramos que seguimos a abordagem Pikler (para saber mais: https://lunetas.com.br/para-lidar-com-criancas-e-preciso-observa-las-diz-psicologa/e também a fisioterapeuta Ligia Conte @desenvovecrianca. Depois falamos sobre os territórios (espaços de interação organizados no parque) e das portas das salas abertas, e o quanto isso proporciona uma livre escolha de onde e com quem os bebês querem brincar, gerando uma ampliação nos cuidados/respeito entre bebês e crianças, além de muita aprendizagem, quando os bebês observam os maiores brincando e os imitam. 



Para apresentarmos a nutricionista convidada, falamos sobre a cozinha experimental e sobre como fazemos a alimentação de bebês, sem o uso de cadeirões, onde os bebês que já se sentam com segurança se alimentam à mesa e os bebês que ainda não sentam se alimentam no colo das professoras e auxiliares. Além disso, contamos como a organização ao redor de uma mesa posta e decorada, gera um ambiente acolhedor onde os bebês, ao serem convidados, já se encaminham em direção à mesa para a refeição e ali se alimentam com muito prazer e liberdade, comendo utilizando as mãos e a colher, sempre com uma professora por perto que mostra e nomeia cada alimento ofertado e os auxilia sempre que necessário.




A nutricionista Simeia Nascimento iniciou a conversa com as famílias  com uma fala bem clara sobre a necessidade de repensarmos os alimentos que ingerimos e como os ofertamos para os bebês e crianças. Lembrou que alguns médicos ainda recomendam que a introdução alimentar seja feita com alimentos batidos, mas que isso não é o correto e se trata de uma prática ultrapassada. Os bebês precisam entrar em contato com os alimentos em diferentes texturas, experimentando os diversos sabores, aromas e temperaturas. Ela recomendou para maior conhecimento sobre o assunto o “Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos”.

(https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_crianca_brasileira_versao_resumida.pdf)

Lembrou também que a indústria é muito boa em nos vender os alimentos não saudáveis, industrializados, e que precisamos aprender a oferecer os alimentos para os bebês também de forma esteticamente bonita, convidativa a partir do lema “vamos desembalar menos e descascar mais”. Ressaltou a importância de frutas e legumes estarem à vista dos bebês, para que eles possam solicitar ou mesmo pegar quando estiverem com fome. Também destacou a importância de se criar um momento especial para a alimentação, um momento que a família se reúna à mesa posta, onde todos possam comer juntos sem a interferência de TV ou celular, e que o bebê progressivamente colabore na organização dessa refeição. 

Algumas famílias relataram que só passaram a ofertar alimentos cortados em tamanhos maiores depois que observaram que o bebê já se alimentava assim no CEI. Outras disseram da importância de toda a família se adaptar a uma dieta mais saudável em prol do bebê (não levando refrigerantes ou alimentos com açúcar à mesa, por exemplo). Algumas famílias disseram que estudaram a alimentação BLW, percebendo que na escola estamos indo por esse caminho (para saber mais: https://saude.abril.com.br/coluna/experts-na-infancia/metodo-blw-pros-contras-e-cuidados-na-alimentacao-do-bebe/), mas que tem dificuldades de seguir com elas em casa. Ressaltamos que já estamos inclusive providenciando fruteiras, para deixarmos nas salas, possibilitando que os bebês tenham acesso às frutas da época. 

Uma família também fez um relato importante, relacionando a questão do mastigar com a fala, lembrando que a filha mais velha teve uma grande seletividade alimentar e que hoje precisa de acompanhamento com fonoaudiólogo. Iury Rocha, que também tem feito um trabalho aqui no CEI, já nos havia alertado sobre a relação da mastigação com a aquisição da fala. 



Por fim, Simeia tirou algumas dúvidas das famílias e se colocou à disposição para novos encontros, além de disponibilizar sua conta no Instagram, onde ela compartilha com seus seguidores, várias dicas sobre nutrição (@nutri_simeianascimento).


Agradecemos a participação de todos e seguimos a disposição para eventuais esclarecimentos.


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